Jabulani - a matadora da Copa do Mundo

Ela está na boca do Cid Moreira e é motivo de dor de cabeça pros goleiros desta Copa. Ela é a Jabulaaaaaaaaaaaani e disputa, juntamente com a Vuvuzela, o posto de elemento mais polêmico do campeonato mundial.

Tosquinho, né? Aposto que você também se assustou na primeira vez que ouviu isso durante o jogo.

O nome significa "felicidade", "celebração", no idioma zulu, mas é o que menos tem sido dirigido à bola da Copa. Muitos ataques, algumas defesas e, não, não estou falando somente das atividades em campo. Fora dele, a Jabulani não tem um minuto de descanso e está constantemente no banco dos réus. Também não é só de furar a rede ou de quebrar equipamentos de fotógrafos que trabalham atrás das traves que ela é acusada. Ela tem sido a principal responsável por alguns gols em que, para os mais desavisados, haveria única e exclusivamente falha do goleiro.

Mesmo que o goleiro do time da Inglaterra, Green, por exemplo, fique marcado para sempre como aquele que levou o primeiro frangaço da Copa de 2010, a bola, a que tudo indica, contribuiu bastante no lance. Revejam aqui:

Por isso, a Tribo resolveu esclarecer pra você o que diabos tem esta nova bola de tão diferente! Numa entrevista exclusivíssima com Herbert Hainer, presidente da Adidas - produtora da dita cuja -, descobrimos que a Jabulani é efetivamente mais redonda que todas as bolas que eles já fizeram, mais aerodinâmica e mais rápida". Ele explicou ainda que toda bola, em seu percurso, após sair dos pés do jogador e atingir determinada velocidade, entra em crise (coitada, não é privilégio só de homens quando chegam aos 40 e de mulheres, aos 60), e sai ziguezagueando, numa rota um tanto quanto instável.
No entanto, com a Jabulani, o momento de crise acontece mais cedo que nas outras bolas; por conta da ausência de costuras na superfície. Este é o motivo pelo qual sua trajetória tem enganado tanto os goleiros.

Em defesa, tanto das Vuvus quanto da Jabulani, o querido Kiko, digo, Parreira - já cadastrado no movimento pró-Vuvuzelas - disse o seguinte: "Nós amamos as duas. A vuvuzela é cultural, faz parte do jeito sul-africano de torcer. Temos que continuar com ela em todos os jogos. Também não há reclamações sobre a bola, porque estamos treinando com ela desde março. Já nos acostumamos. Entendo quem critique, mas não é nosso caso" - brincou. Pena que a Jabulani não ajuda a classificar, hein, Parreira?

O africano Thulami Vilakazi, de 29 anos, também mandou recado aos jogadores brasileiros, alguns dos que mais falam mal da bolinha. "(Eles) precisam parar de reclamar. Todos lá começaram jogando futebol com bolas mais simples e assim se tornaram craques. Podem ganhar com a Jabulani também, que é muito boa. Se quiserem, eu posso ir lá ensinar" - brincou o vendedor.

Óóóói, seleção brasileira! Eu acho é pouco! Quem será a próxima vítima da matadora?