Serviço de Proteção ao Consumidor – Errado? - 2ª Edição

Vamos a mais uma dica para que nossos errados consumidores possam fazer a escolha certa na hora de consumir.

Hoje, nosso tema é a carne vermelha.

Será o consumo de carne vermelha bom ou ruim? Como julgar? Como escolher?

Antes de organizar aquele churrasquinho do final de semana, precisamos buscar informações básicas sobre a carne que será consumida, levando em consideração questões relativas à nossa saúde e a de nossos convidados, claro.

Também é importante pensar nas questões relativas à saúde e ao bem estar do boizinho que, tão felizes, vamos comer. Além disso, é preciso pesar as consequências ecológicas, sociais e éticas de nossa diversãozinha de final de semana.

Vejamos o que dizem os especialistas:

Do ponto de vista ecológico, de acordo com o WWF, para produzir 1 kg de carne bovina são gastos 15000 litros de água – isso não é nada sustentável! Além disso, alguns afirmam que o gás metano emitido pelo gado ao ruminar a pastagem é um dos grandes responsáveis pelo aumento do buraco na camada de ozônio, ou seja, peido e arroto de boi são anti-ecológicos. Tanto que, em nossas pesquisas, encontramos um projeto de engarrafamento dos gases do boi para ser vendido como combustível.

Veja bem, essa é uma ideia errada que pode ser certa (ou seria certa que pode ser errada?) e que faria com que nos sentíssemos menos culpados ao consumir carne no churrasco de domingo.

Porém, para que se possa aproveitar os gases dos bois, seria necessário cria-los mais confinados do que já são. Isto é, presos em uma área fechada com os horários de alimentação controlados. O que se torna um problema ético (por exemplo: http://www.verdurada.org/animais.htm) e de saúde, como veremos a seguir.

Do ponto de vista da saúde humana, de acordo com a Embrapa, a carne bovina tem sido considerada como um alimento de alta densidade nutricional (http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD41.html).

Especialistas em nutrição, entretanto, afirmam que “as carnes vermelhas podem ser ricas em gorduras saturadas, que fazem mal ao organismo e em excesso são inflamatórias. Além disso, alguns animais recebem antibióticos e hormônios que são potencialmente nocivos ao organismo dos seres humanos, por isso é importante saber comprar as carnes.”

O ideal, então, na opinião dos nutricionistas, é o consumo de carne de animais de criação livre, que não são criados em currais, e sim em pastos e que, além disso, sejam carnes orgânicas, que vêm de animais que não recebem hormônios e antibióticos e comem ração livre de agentes químicos potencialmente perigosos. Ou seja, animais que arrotam e peidam livremente na natureza.

Não se pode deixar de considerar as questões sociais e econômicas envolvidas. Muitas comunidades são sustentadas pela criação de gado. Se, por acaso, deixamos de consumir carne vermelha, podemos estar ameaçando o emprego e o desenvolvimento de diversos seres humanos espalhados pelo mundo.

E agora? O que decidir? Fazer o churrasquinho ou não fazer o churrasquinho de fim de semana?

Reportagem da Colaboradora Errada Maraia